O transparente escuro
em volta dos olhos.
Não fazem perceber a
luz.
Tudo parece obscuro,
como o eclipse do sol.
O ronco toma conta dos
ouvidos.
Um negror intenso toma
conta do ser.
O ser não está
sozinho.
Outros ali estão, e
não parecem perceber as coisas com o olhar daquele ser.
Ninguém enxerga por
ele.
Todos se tumultuam
dentro do ronco e do negror.
O ronco se parte com o
negror.
O ser continua lá.
Não solitário, sua
dor é sua companhia.
Ninguém percebe.
Ninguém sente.
Mas pensam perceber.