sábado, 28 de novembro de 2009

A Pedra da Onça (homenagem à Ilha do Governador)

O animal é solitário encima da pedra.
Coberto por uma fina e espessa marca do tempo.
O sol nasce solitário e cobre a sua rígida estrutura.
As noites são solitárias.
O escuro é seu abrigo.
O luar é sua beleza.
O mar é seu inimigo.
A pedra é seu leito.
O pó é sua marca do tempo.
Que se desfragmenta pouco a pouco mostrando a sua pouca resistência ao tempo.
Animal preso, não acorrentado.
Não és vivo, porém não estás morto.
Apenas inerte na sua posição e móvel à linha do tempo

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