domingo, 1 de novembro de 2009

Surtos de Letrado...

Copacabana de areia vermelha

Dias de chuva fazem o ser mergulhar em profunda tristeza.
O sol se foi, e a alegria das garotas na praia também.
O som do mar é forte, e as ondas se chocam com as pedras retirando fragmentos que se tornam o mais branco e lindo tapete em frente ao mar.
As garças sobrevoam o azul, à procura de sua refeição e alimento de suas proles, que gritam no alto das árvores concentradas em morros, o grito da fome.
Garotos se arriscam mergulhando dentro das ondas do mar só por satisfação do espírito de aventurar-se no mar revolto.
A mulher caminha na areia, com uma lágrima correndo em seu rosto e suas sandálias de grife nas mãos, perece pedir um ombro a chorar sua agonia interna.
Crianças correm sujas da areia pela calçada com um som alto e estridente as perseguindo.
Ouve-se um estalido.
A chuva engrossa.
As garotas param assustadas por um instante e correm à procura de um abrigo.
O som do mar se cala, e as ondas parecem mortas.
A areia se torna vermelha.
As garças voltam às suas árvores nos morros e alimentam suas proles.
Os garotos somem no mar.
A mulher anda em direção à água.
As crianças caem na calçada onde o desenho das ondas é mimético.
O barulho estridente se torna mais estridente e confuso, são gritos, gritos de socorro.

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